A questão ambiental tem sido pauta de vários setores da industria nos últimos anos. Diversas empresas, dos mais variados ramos, estão traçando metas para reorganizar os meios de produção na intenção de diminuir os impactos ambientais. A indústria da moda é um desses setores. Grandes marcas e estilistas independentes estão reinventando a forma de produzir peças. É o caso do jovem Alexandre Soto, estagiário da grife Ellus. Ele quer que suas roupas transmitam glamour e despojamento – mas acima de tudo, que sejam ecologicamente corretas.
Talento e responsabilidade ambiental
Alexandre Soto já pode ser considerado um estilista do futuro. Além de incentivar e aplicar a produção sustentável, ele já se destaca no mercado nacional. O rapaz iniciou o curso de moda na Faculdade Santa Marcelina, um dos mais renomados do país. Logo no final do primeiro semestre da graduação, conseguiu estágio na grife Ellus. Destacou-se tanto que logo se tornou integrante do time encarregado pela produção dos shows da Ludmila. De acordo com Rodrigo Pollak, stylist da cantora brasileira, Alexandre é comprometido e tem ótimas ideias.
O estilista aprendeu a arte de corte e costura fazendo roupas para bonecas. Seu primeiro contato com a máquina de costura foi por meio da avó paterna. O fascínio pelas vestimentas não deixava dúvida quanto à sua vocação. “Na hora de me inscrever para o vestibular, não quis saber de segunda opção. Para mim era moda – e pronto”, lembra Alexandre Soto.
“No passado, muita gente entrava na faculdade de moda pensando em ter marca própria e vender muito. Hoje, as pessoas não querem consumir algo sem sentido nem encher o guarda-roupa de inutilidades. A moda consistente veio para ficar”, aposta Alexandre Soto.
Indústria da moda
Atualmente, a produção têxtil é responsável por 10% das emissões globais de gases do efeito estufa, superando a marca da aviação e do transporte marítimo juntos. A indústria também é responsável pela liberação de 500.000 mil toneladas de microfibras sintéticas no mar. Além do jovem estilista Alexandre Soto, outras empresas estão trabalhando para combater a degradação ambiental. Um exemplo é a Malwee, que lançou recentemente o selo “Moda do Bem” para sinalizar suas peças produzidas com iniciativas mais sustentáveis, como redução do uso de água e uso de matérias primas orgânicas e biodegradáveis.
A empresa Melissa, marca de calçados e acessórios do grupo Grendene, trabalha com plástico 100% reciclável, vegano e que pode ser reutilizado inúmeras vezes. No Dia do Consumo Consciente (comemorado em 15 de outubro) retirou os produtos da prateleira e disponibilizou pontos de acolhimento para que os consumidores pudessem descartar, de maneira correta, os pares sem mais nenhuma opção de uso.
Medidas como essas só reafirmam a certeza de que nas próximas décadas as roupas também serão produzidas com o mínimo de impacto ambiental.
*Com informações da Revista Veja
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